Os "proprietários" de dinheiro analisam o cenário de investimento local

Em 10 de setembro, executivos de fundos internacionais representando fundos bilionários realizarão uma reunião na cidade de Buenos Aires com o objetivo de "repensar" a economia local e torná-la "um lugar sólido" para o cenário de investimentos globais.

Eles farão isso organizando um seminário chamado RepensAR Summit. O evento ocorrerá pela primeira vez no país e será realizado no museu MALBA, em Buenos Aires, que promete a presença de investidores com fundos próximos a u$s10.000 milhões e que buscarão maneiras de "liberar" cerca de u$s250 bilhões com destino potencial de investimento que estão nas mãos dos argentinos.

É um fórum que surge como um espaço de diálogo entre os principais atores que compõem o ecossistema de investimentos da e para a Argentina, e que tem como objetivo dialogar e encontrar pontos em comum para construir oportunidades e um ambiente mais favorável para que os investidores e investimentos coloquem o país e o talento argentino como foco na construção do capital.

Embora seja esperada a presença, ainda não confirmada, de enviados do governo, como Luis Caputo, Ministro da Economia e Finanças. Luis Caputo, Ministro da Economiae Santiago Bausili, presidente do Banco Central da Argentina (BCRA), seus organizadores preveem que o evento reunirá líderes e atores de renome em diferentes mesas redondas para refletir sobre a construção de um lugar sólido para a Argentina no cenário global de investimentos e o desenvolvimento de um ecossistema que acompanhe o talento argentino na construção e atração de capital.

Americas Capital Investments De fato, Ramiro Juliá, CEO da e um dos fundadores do encontro, garante que a reunião "chega em um momento ideal, levando em conta, por um lado, que nosso país está entrando em um novo ciclo e paradigma político-econômico e, por outro, que o mundo está passando por profundas mudanças geopolíticas que geram grandes oportunidades para o talento empresarial, o poder de investimento e o capital intelectual argentino".

O executivo acrescenta que, durante o evento, que é organizado em painéis temáticos, mais de 30 palestrantes especialistas discutirão as possibilidades reais de investimento na área de imobiliárioprivate equitye gestão de patrimônio.

Setores com potencial

Haverá também espaço para palestras sobre setores da economia real, como agricultura, mineração e infraestrutura, com o objetivo não apenas de analisar as questões atuais, mas também de fornecer respostas e soluções tangíveis para as oportunidades que estão por vir.

Os escolhidos estão relacionados ao potencial que oferecem aos investidores internacionais, como o private equity, que envolve a compra e venda de participações em empresas não listadas para gerar altos retornos por meio de reestruturação e crescimento.

É um investimento de longo prazo, que também pode proporcionar liquidez a empresas em desenvolvimento.

Quanto aos imóveis, os organizadores do evento acreditam que eles oferecem renda passiva de aluguel e valorização do capital a longo prazo.

Além disso, permite a diversificação de uma carteira com baixa correlação com o mercado de ações, oferece vantagens fiscais, como deduções para depreciação e ganhos na venda, e é um porto seguro contra a inflação devido à sua estabilidade e tangibilidade, e a alavancagem pode aumentar o retorno sobre o capital investido.

Com relação ao capital de risco, eles destacam o alto retorno e a diversificação ao investir em startups com inovação e baixa correlação com os mercados públicos.
Com relação à agricultura, eles entendem queela é fundamental para a produção global de alimentos e matérias-primas agrícolas.

Os organizadores do evento destacam que os investimentos incluem terras, ações, fundos e contratos futuros. Ele oferece oportunidades de lucro com a valorização da terra e a crescente demanda por alimentos e biocombustíveis, mas traz riscos como flutuações de preços, impactos climáticos e regulamentações políticas que afetam a lucratividade de curto e longo prazo.

No casodo mercado financeiroO mercado financeiro permite uma variedade de oportunidades, como ações, títulos, fundos e ETFs, buscando retornos de valorizaçãoou renda periódica.

A mineração, por outro lado, envolve a extração de recursos naturais com valor no mercado global, com uma rentabilidade que depende de preços, custos, políticas e condições econômicas.

A Cúpula acredita que se trata de um investimento tangível, com potencial de crescimento de longo prazo, mas com riscos como volatilidade de preços e desafios ambientais e regulatórios, que no país apresenta crescimento de lítio, cobre, potássio e carbonato de sódio.

Em relação à arte, eles a veem como um ativo de investimento que contribui para a diversificação de um portfólio devido ao seu alto potencial de valorização no longo prazo, proteção contra a inflação, valor tangível e principalmente estético, prestígio, acesso a mercados globais e benefícios fiscais.

A arte tem grande valor cultural e emocional, além de riscos associados, como liquidez limitada, afirmam os organizadores do fórum.

No caso da infraestrutura, eles a classificam como um tipo de investimento atraente devido à sua estabilidade e previsibilidade de renda, proteção contra a inflação, demanda estável, potencial de valorização do capital, incentivos governamentais, impacto social e econômico e contribuição para a sustentabilidade.

É uma opção valiosa para investidores que buscam retornos de longo prazo e diversificação de riscos.

A tecnologia apresenta alto potencial de crescimento, capacidade de diversificação setorial, acesso global, impacto sobre a eficiência e a produtividade, benefícios fiscais e regulatórios, resiliência em ambientes voláteis, valorização do capital e contribuição para a sustentabilidade e a responsabilidade social.

Pensando em um investimento de longo prazo

A esse respeito, Francisco Sosa del Valle, cofundador e CEO da Bunker e outro dos fundadores do evento, acrescenta que "a primeira edição da Cúpula busca gerar um espaço de reflexão com uma perspectiva de longo prazo".

Por esse motivo, ele acrescenta que, entre outras perguntas, serão buscadas respostas para, por exemplo, se é possível pensar em um processo pró-investimento de cinco, 10 e 20 anos e, ao mesmo tempo, conseguir traçar um caminho para alcançá-lo.

"Em última análise, queremos nos perguntar como gerar um ecossistema de investimentos muito poderoso que aproveite o talento argentino e traga nosso país de volta às mesas de discussão sobre investimentos globais", diz ele.

De acordo com sua visão do encontro, a proposta da Cúpula convida os participantes, em sua maioria financistas e empresários locais, a analisar o cenário atual de investimentos em países da região, como Brasil, Uruguai, Colômbia, Chile e também México e Estados Unidos.

Americas Capital InvestmentsEntre os palestrantes do evento estão Alexander Busse (sócio-gerente da NXTP Venture); Sofía Gutiérrez (Compass Group Investments); Matías Peire (cofundador da GRIDX); Martín Otero Monsegur (sócio da Towerco Investments LLC), Ramiro Juliá (fundador e CEO).

Também estarão presentes Francisco Sosa del Valle (cofundador e Bunker Invest); Steve Weikal (presidente do setor, MIT Real Estate transformation Lab); Ignacio Bartolomé (CEO do Grupo Don Mario); Gustavo Martello (investidor e consultor em startups de tecnologia); Miguel Gutiérrez (sócio do The Rohatyn Group) e Fernando Fragueiro (presidente do Parque Empresarial Austral, fundador do IAE).

Analisando o novo paradigma político

Os tópicos a serem discutidos incluem: o momento de acabar com a obsolescência legal, tributária e institucional da Argentina; como alocar capital entre os vários setores que oferecem oportunidades em uma região com mais de 420 milhões de consumidores; e quais são os elementos que não podem ser negligenciados ao investir na maior economia do mundo, os Estados Unidos.

Além disso, haverá painéis sobre os mais de 80 milhões de hectares de pastagens que a Argentina oferece para desenvolver a pecuária, os cultivos e agregar valor na fonte de forma sustentável; as oportunidades do país ao entrar em um novo ciclo e paradigma político-econômico em uma ampla variedade de áreas, como mineração, energia, tecnologia, propriedade e infraestrutura.

No caso da RepensAR, ela é formada por mais de 90 líderes empresariais locais com um comitê consultivo composto por Martín Bameule; Ignacio Esteves; Teófilo Lacroze; Ramiro López Larroy; Gustavo Martello; María Martý; Daniel Pelegrina; Martín Rastellino; Pablo Rodríguez de la Torre. Seu Conselho Acadêmico é composto por: Fernando Fragueiro; Lucas Grosman e Eduardo Martý.

Americas Capital Investments Seus fundadores são a ACI, uma empresa argentina que oferece a investidores sofisticados a possibilidade de co-investir com facilidade e segurança em projetos imobiliários nos Estados Unidos, Inglaterra, Brasil e no país por meio de parcerias estratégicas com desenvolvedores globais e operadores de grande escala.

Liderada por Ramiro Juliá, ao longo dos anos, a ACI realizou mais de 65 investimentos imobiliários e desenvolveu mais de 1,2 milhão de metros quadrados nos mercados industrial, multifamiliar e de escritórios.

No caso da Bunker Invest, uma fintech norte-americana cofundada e dirigida por Francisco Sosa del Valle, ela oferece a possibilidade de investir a longo prazo nos Estados Unidos e na América Latina, de forma simples e automatizada.

Sua plataforma permite que os indivíduos invistam de forma diversificada e de acordo com seu perfil de investidor, que é obtido por meio de um questionário no momento da abertura da conta.

Fonte: IProfessional

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